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Boletim Prohort: Clima prejudica oferta de hortaliças e frutas no país

imprensa@conab.gov.br (CONAB - Assessoria de Imprensa ) • 16 de setembro de 2021 às 15h08

Tipo de arquivo: MP3 - Tamanho: 6,58MB - Duração 4:40. (192kbps 44100Hz)

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Quem procura preços baixos no atacado terá que aguardar mais um pouco até que a oferta de hortigranjeiros se recupere das condições climáticas adversas em várias partes do país. As baixas temperaturas e geadas ocorridas no final de julho e início de agosto estão refletindo nos preços das frutas e hortaliças no mercado interno. As informações são do 9º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (16).

De acordo com o boletim, a batata apresentou os maiores índices de aumento em quase todas as Centrais de Abastecimento, com exceção do Acre, decorrentes da menor oferta registrada em agosto. As geadas prejudicaram principalmente as lavouras que se encontravam em desenvolvimento e que seriam responsáveis pelo abastecimento neste período, sustentando a alta também nos primeiros dias do mês de setembro.

O boletim aponta que, para outras hortaliças, o movimento oscilou entre altas e baixas de preços. O tomate, por exemplo, ficou mais barato em alguns estados, mas sofreu aumento especialmente na Região Sudeste. Nos primeiros dias de setembro alguns acréscimos também ocorreram, decorrentes da paralisação dos caminhoneiros. Já os preços da cebola estiveram em patamares mais baixos em agosto, o que desmotivou as importações, que permanecem em baixa. Quanto à cenoura, o cultivo a partir da região de São Gotardo/MG, principal produtora do país, aumentou em 20% e fez ceder os preços em parte dos mercados, em especial no próprio estado de Minas Gerais. Para setembro o cenário tende a se repetir, porém o déficit hídrico pode ainda comprometer a produção.

Frutas – No mês de agosto, quase todas as frutas subiram de preços no atacado. Banana e mamão tiveram os maiores aumentos, seguidos da laranja, melancia e, por fim, a maçã com leves variações. No caso da banana, o produto chegou a ficar 40,85% mais caro em Belo Horizonte (Ceasaminas) e 32,43% em Vitória (Ceasa-ES). Quanto à melancia, houve registro de elevações dos preços no atacado, mas também aumento da disponibilidade da fruta goiana e tocantinense, decorrente da boa produtividade relacionada ao calor.

Para a laranja, as geadas e estiagem acabaram influenciando na produção de frutas menores e murchas em meio a uma demanda desaquecida. Mas a indústria produtora de suco continuou absorvendo parte da produção e a temporada de exportações foi iniciada de forma positiva. Já para o mamão, o cenário é de altos preços, com vários produtores controlando a comercialização devido à diminuição do cultivo nas roças, o que refletiu nas oscilações de oferta verificadas nos entrepostos. Mesmo assim, as taxas de câmbio, a boa demanda externa e o aumento dos voos para o exterior favorecem a continuidade do bom volume de mamão exportado.

O levantamento dos dados foi realizado nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC que, em conjunto, comercializam a maior parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira. A íntegra do 9º Boletim Prohort pode ser acessada no Portal da Conab.