Nova estimativa de cana-de açúcar traz produção de 572,9 milhões de toneladas
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A produtividade da atual safra de cana-de-açúcar começa a mostrar recuperação, após dois ciclos de adversidades climáticas. O aumento de 1,6% na média nacional no rendimento das lavouras do país é um contraponto para a redução de 2,6% na área de cultivo. Com isso, a produção deve chegar a 572,9 milhões de toneladas de cana, uma ligeira queda de 1% se comparada com o ciclo anterior, como indica o segundo levantamento da safra 2022/23 divulgado nesta sexta-feira (19) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Se na temporada 2020/21 o desenvolvimento da cultura foi influenciado pela falta de chuvas e no ciclo 2021/22, além da estiagem, foram registradas fortes geadas em importantes regiões produtoras, na safra 2022/23 as condições climáticas foram mais favoráveis. A melhora no desempenho é impulsionada por um maior índice registrado principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, com variações positivas para as regiões de 6% e 3,5% respectivamente. Em São Paulo, principal estado produtor, e Paraná, por exemplo, o desempenho das lavouras ainda reflete o clima adverso das últimas temporadas.
A recuperação da produtividade desacelera a queda na produção, uma vez que a Conab espera uma nova redução na área. Essa diminuição é explicada pela competitividade com grãos como milho e soja, que atualmente apresentam boa rentabilidade para o produtor, aliada às lavouras de reforma que tiveram o corte inviabilizado pelas condições climáticas.
Subprodutos – Com a queda na colheita de cana, a Conab espera um menor volume produzido tanto para o açúcar como para o etanol. De acordo com o levantamento, a produção de açúcar está estimada em aproximadamente 33,9 milhões de toneladas. No caso do etanol, é estimada uma produção de cerca de 25,83 bilhões de litros do combustível a partir da cana, redução de 2,2%. Em contrapartida, para o etanol é esperado mais de 4,5 bilhões de litros produzidos, um aumento de 30% em relação à temporada anterior.
Mercado – A valorização do real frente o dólar e o aumento das incertezas sobre a economia mundial estão entre os motivos que explicam o menor volume exportado de açúcar. De acordo com dados do Ministério da Economia (ME), as exportações brasileiras do produto chegaram a 8,1 milhões de toneladas no acumulado de abril a julho de 2022, redução de 14,6% na comparação com igual período do ciclo anterior.
Em relação ao etanol, o Brasil exportou cerca de 607,8 milhões de litros no acumulado dos quatro primeiros meses da safra 2022/23 (abril a julho), segundo o ME. O volume corresponde a uma queda de 10,7% na comparação com igual período da safra passada. Essa redução, também, é influenciada pela desvalorização do dólar em relação ao real e pelos preços domésticos em patamares elevados no começo da.
Outras informações estão disponíveis no 2° Levantamento da Safra 2022/2023 de cana-de-açúcar publicado no site da Companhia.
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