Estimada em 54,74 milhões de sacas, produção de café cresce em ano de bienalidade negativa
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A produção brasileira de café na safra 2023 deverá registrar crescimento de 7,5% em relação ao ciclo passado, com a colheita estimada em 54,74 milhões de sacas beneficiadas. O bom resultado é esperado mesmo em um ano de bienalidade negativa, como mostra o 2º levantamento da cultura, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“Como as condições climáticas em 2022 foram melhores, é possível verificar uma recuperação dessa produção, principalmente nas áreas produtoras de café arábica”, explica o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Neste ano, a expectativa para o café arábica é que sejam colhidas 37,93 milhões de sacas beneficiadas, o que representa 69,3% da produção de café no país. Se confirmado, o volume representa um incremento de 15,9% sobre a safra de 2022. Já para o café conilon, a perspectiva para a atual temporada é de uma produção de 16,81 milhões de sacas, redução de 7,6% da safra passada. O aumento esperado na colheita de Rondônia, Bahia e Mato Grosso não compensaram as perdas de produtividade estimadas no Espírito Santo, maior produtor de conilon. “Durante o desenvolvimento do grão no estado capixaba, foram registradas condições adversas, principalmente as fases iniciais do ciclo da cultura, impactando no desempenho dos cafezais”, esclarece Vasconcellos.
Área – De acordo com o levantamento divulgado pela Companhia, a área em produção total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espécies mais cultivadas no país (arábica e conilon), totaliza 1,87 milhão de hectares, aumento de 1,7% sobre a área da safra anterior. Já a área em formação está estimada em 375,5 mil hectares em formação, queda de 6% em relação ao ciclo anterior.
Mercado – Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil exportou 11,2 milhões de sacas de 60 kg. O volume representa uma queda de 20,3% na comparação com as 14,1 milhões de sacas exportadas em igual período de 2022. A redução repete o comportamento registrado em 2021 e 2022 em razão da restrição da oferta interna nos primeiros meses do ano, o que limita a disponibilidade de café para a venda ao mercado externo. “Porém, a boa expectativa para a atual safra, após melhora das condições climáticas, favorece a recomposição dos estoques e pode contribuir para a recuperação da exportação do produto no segundo semestre”, analisa o analista de mercado da Conab, Fábio Silva Costa.
Para os preços do produto, a tendência é de queda das cotações a partir do avanço da colheita, embora não sejam esperadas reduções significativas, uma vez que os estoques baixos dão suporte aos preços do café e impedem quedas expressivas das cotações neste momento.
Para mais detalhes sobre a safra de café no país acesse aqui os documentos do 2° Levantamento do grão.
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